Abrir um novo negócio é uma decisão de grande responsabilidade e requer muito planejamento. Afinal, são muitos processos que demandam atenção, principalmente nos detalhes mais práticos, como capital de giro, estoque e contratação de pessoal.
Apesar disso, o número de pessoas que se engajam na busca de seus ideais de negócio no varejo é grande no país. Segundo a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, subsidiada pelo Sebrae no Brasil, de cada 10 adultos brasileiros. Além disso, de acordo com o estodo, 4 já possuem um negócio ou estão trabalhando para a abrir um novo negócio.
Por este motivo, não é à toa que estamos sempre em lugar de destaque quando se fala em empreendedorismo.
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1. Crie um planejamento no CANVAS para abrir um novo negócio
O CANVAS é uma ferramenta chamada de Quadro de Modelo de Negócios (Business Model Canvas). Isso porque ele é utilizado para planejar e visualizar as principais funções de uma empresa e suas relações.
Com o CANVAS é possível ter uma visão global e flexível do modelo de negócios. Assim, o quadro ajuda os empreendedores nos processos de criação, diferenciação e inovação. Dessa maneira, é possível deixar o empreendimento mais atrativo para os clientes o que consequentemente gera lucros.
Como funciona o CANVAS?
O quadro é composto por 4 etapas básicas. O que, quem, como e quanto. Elas são separadas entre 9 blocos. Eles devem ser completados com adesivos para tornar mais fácil o acréscimo, remoção e remanejamento das ideias.
É importante você saber que o modelo de negócios não é a mesma coisa que plano de negócios. Isso porque avaliação e reflexão sobre o primeiro tornam possível a elaboração do segundo de maneira consistente e com maior chance de êxito. Ou seja, alterações em um interferem nas atualizações do outro.
Com a ajuda do CANVAS você cria seu modelo de negócios com 4 conceitos essenciais para o seu sucesso:
- visão sistêmica;
- pensamento visual;
- inovação;
- simplicidade e aplicabilidade.
2. Tenha um capital de giro para abrir um novo negócio
Capital de giro é o total de valores necessários que a empresa dispõe para manter suas atividades por um período de tempo. Em outras palavras, ele configura os recursos que podem ser transformados em dinheiro dentro de um curto prazo. Por exemplo, produtos e investimentos financeiros.
É fundamental considerar que o capital de giro é o resultado da diferença entre aquilo que a empresa possui disponível e o dinheiro que deve ser usado para pagar as dívidas. Sejam elas prestação de serviços, despesas fixas, custos necessários para a comercialização assim como outros gastos extras.
3. Contrate mão de obra para operacionalizar as atividades
O plano de negócios deve conter um cálculo cuidadoso de operações do empreendimento. Além disso, é necessário compreender o número de colaboradores para manter o negócio funcionando. É importante verificar a sazonalidade do seu negócio e, a partir daí, calcular quantos funcionários você vai precisar e quantas horas eles deverão trabalhar.
Se a empresa tiver maior demanda durante parte do dia, você pode optar por contratar em tempo parcial, que contempla uma carga horária de até 25 horas por semana, sem hora extra e com registro conforme CLT.
O modelo atende bem o segmento de lojas e restaurantes. Você remunera os profissionais multiplicando o valor por hora do piso salarial da categoria pelo número de horas trabalhadas. Desta forma, não existe ociosidade de funcionários, você reduz os custos e a prática está em conformidade com a lei.
4. Antes de abrir um novo negócio, contrate um profissional de contabilidade especializado
Para abrir um novo negócio, você vai precisar lidar com a burocracia da abertura da firma. Além disso, é preciso cuidar de contratos sociais e pagamentos de encargos. Conte com um contador especializado para orientar você sobre esses trâmites legais. Antes de contratar, pesquisa a reputação do profissional no Conselho Regional de Contabilidade. Em alguns estados, é possível fazer a consulta pela internet.
Para ter mais agilidade nos seus processos, procure contadores que atendam empresas do mesmo segmento que o seu.
5. Defina o estoque inicial
Mesmo que você seja do ramo, você não terá como prever como tudo funcionará e como as vendas irão se concretizar na prática. Lembre-se de que é importante respeitar a sazonalidade do seu mercado e comprar de forma alinhada com o timing de lançamento da loja. Se for um negócio de sapatos, por exemplo, não fará sentido vender uma coleção da estação passada.
O ideal é trabalhar com segurança e escolher as melhores tendências, evitando surpresas desagradáveis. Uma boa opção é fazer um investimento mais robusto em 20% a 30% do estoque que possui maiores chances de ser vendido rápido.
Entretanto, não deixe de contemplar a variedade de produto. Porém, invista menos neste tipo de item, para que seu estoque não fique encalhado e você tenha um comprometimento financeiro. Na prática, o ideal é compor um mix com alguns itens principais de vendas, seguidos de variedade de mercadorias mais rasas que atendam a sua demanda mais imediata.
6. Utilize um sistema de gestão empresarial
Para gerenciar com mais eficiência, é muito importante que você invista em um sistema de gestão empresarial, principalmente no que tange o seu fluxo de caixa e estoque. Um bom software abrange os requisitos técnicos, velocidade de rede, capacidade de armazenamento, e possibilidade de integrações.
É importante escolher um programa que esteja alinhado com a sua empresa, ou seja, com as funções que precisam ser desempenhadas para que a rotina operacional seja tranquila e produtiva.
Ao escolher um sistema de gestão empresarial, é importante você verificar a segurança do software e avaliar a necessidade de ter ou não uma infraestrutura interna própria. Em outras palavras, criar um programa próprio ou comprar uma plataforma com soluções prontas — o que, no caso do varejo, é uma alternativa interessante.
É importante também verificar a sua infraestrutura: o que o seu negócio precisa ter em termos de sistemas e equipamentos para apoiar a utilização de um software para gestão de varejo? Essa questão precisa ser considerada, principalmente na hora de avaliar o custo-benefício do programa.
Como você pode ver, abrir um novo negócio não é uma tarefa impossível. Basta tomar alguns cuidados para evitar dores de cabeça e possíveis prejuízos. Colocando essas 6 dicas em prática, essa empreitada será mais simples e as chances de sucesso, maiores. Então não perca tempo e tire-as do papel hoje mesmo!
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