Muita dedicação e trabalho árduo fazem parte da rotina de qualquer dono de negócios que busca conquistar a estabilidade e o crescimento da sua empresa. Porém, não adianta suar tanto a camisa fazendo de tudo um pouco e não saber se a empresa está lucrando e o está sendo positivo ou não.
Primeiramente, para ter resultados de verdade e confirmar se tudo está no caminho correto, é preciso saber se a empresa está lucrando de verdade. Caso contrário, a cada dia você pode estar indo cada vez mais longe na direção errada.
Por isso, preparamos algumas explicações que você precisa conhecer a respeito do assunto. Espero que elas te ajudem a saber como andam os seus resultados.
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Quais informações devem ser levantadas para saber se a empresa está lucrando
Em primeiro lugar, para saber se a empresa está lucrando, é necessário que se tenha alguns números bem apurados e atualizados.
Se você tiver um bom sistema de gestão empresarial, essa tarefa vai ficar bem mais fácil. Além disso, será possível economizar muito tempo de trabalho. Já que estas ferramentas são automatizadas, sua margem de erro diminuirá consideravelmente. Isso porque não vai precisar ficar fazendo cálculos e alimentar planilhas manualmente.
Portanto, você precisa levantar quais são todos os seus gastos, despesas e receitas. Ou seja, tudo que entra e que sai.
Na hora de fazer a contabilização desses valores, você tem que entender que o seu faturamento (que é tudo que você vendeu) será a base para o cálculo do lucro.
Com relação às despesas (e todo o valor que sai do seu caixa), existem dois tipos. As fixas e as variáveis. Portanto, você precisará entender o que é cada uma delas, para poder calcular o seu lucro da maneira adequada.
Despesas fixas são obrigações que você tem que pagar todo mês. Por exemplo, a conta de água, energia, salário do seu pessoal contratado, etc. Por isso, mesmo que os valores oscilem, são as despesas necessárias para manter as portas abertas do seu negócio.
Já as variáveis são aquelas que aumentam de acordo com as suas vendas. Ou seja, quanto mais você vende, mais tem que pagar. Vamos pegar por exemplo uma pizzaria que atende por delivery. Nesse caso, cada venda gera uma necessidade de pagamento pela entrega. Assim, este custo é variável, pois paga-se à medida que vende.
Impostos, taxas, reposição de estoque e outras saídas de dinheiro do negócio também precisam ser considerados.Ou seja, tudo que interfere no caixa, tanto negativamente como positivamente, deve ser anotado.
Como saber se a empresa está lucrando ou tendo prejuízos?
De uma maneira direta, pode-se saber se a empresa está lucrando ou dando prejuízo. Para isso, é preciso subtrair a diferença entre as contas que são pagas e o que é recebido dos clientes.
Nessa conta, você precisa atentar ao prazo avaliado — ele tem que ser o mesmo. Caso você deseja considerar o faturamento de um determinado mês, por exemplo, declare exatamente os gastos totais do mesmo mês.
Aqui, é preciso que você preste atenção a uma coisa muito importante: a forma como seus lançamentos são registrados. Existe o regime de caixa e o de competência, e não se pode misturar as coisas.
Imagine que você comprou de um fornecedor um pedido que totaliza R$ 5.000,00. Porém, ele vai dividir o pagamento em 5 parcelas, sendo uma para cada mês.
Na hora de calcular o seu resultado mensal, considerando um regime de caixa (que é aquele que olha exatamente quanto entra e sai da empresa, somente naquele mês), vai anotar somente R$ 1.000,00. Nada de misturar os R$ 5.000,00.
Dessa forma, você calculará o resultado do mês, considerando os pagamentos que vencem dentro deste mês e também os pagamentos que você efetivamente recebeu.
Se a diferença for positiva, ótimo, temos lucro. Em caso de resultado negativo, é hora de ver o que pode ser feito para remediar essa situação.
Lucro ou prejuízo – Como calcular
Sabendo que temos que buscar a diferença entre as contas de entrada e saída, é o momento de entender melhor como analisar o resultado que aparece.
Perceba que não adianta seu negócio ter um faturamento alto, vendendo muito, se não houver lucratividade (que é justamente a taxa de ganho que você apura).
Imagine, por exemplo, que uma empresa tem saídas totais mensais em torno de R$ 19.000,00, e fatura R$ 21.000,00. A diferença de R$ 2.000,00 mostra que essa empresa tem lucro. Perante todo o valor faturado, os R$ 2.000,00 representam uma lucratividade de 9,5%.
Este percentual a que chegamos é quanto o seu investimento tem sido rentabilizado. Significa que, a cada R$ 100,00 que você coloca no negócio, ele te devolve R$ 9,50 a mais.
Para ser um empreendimento que faça sentido, além da sua satisfação pessoal de ter o próprio negócio, sua rentabilidade deve ser superior aos investimentos do banco. Do contrário, não valeria o risco de criar uma empresa, sendo que você teria melhores resultados aplicando em uma instituição financeira.
Lembre-se do pro-labore
De toda forma, um outro detalhe deve ser considerado. Uma parte do dinheiro que sai do seu negócio vai para você em forma de pro-labore. Ele é a sua retirada mensal.
Avalie se o valor desta retirada é proporcional ao seu trabalho. Ela não pode ser muito baixa, ao ponto de te prejudicar financeiramente, e nem muito alta, superando o valor que você contrataria alguém para fazer o seu serviço, prejudicando a empresa.
Uma última coisa que você precisa saber é que existe um documento chamado DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), que tem o objetivo de mostrar, no final das contas, se sua empresa teve lucro ou prejuízo, e de quanto foi.
Resumidamente, nesse cálculo são somadas todas as vendas do mês, descontados os custos e impostos. Depois de tiradas as despesas fixas e variáveis, apura-se o resultado.
Agora que você já entende bem mais sobre todos esses conceitos, fica mais fácil, olhando para o seu financeiro, saber se a empresa está lucrando ou qual o seu montante de prejuízo.
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